O lutador brasileiro Renato Moicano se posicionou contra a indenização milionária que a Justiça dos Estados Unidos determinou que o UFC deverá pagar a atletas que competiram entre 2010 e 2017. Entre os beneficiados, está Anderson Silva, que pode receber cerca de R$ 56 milhões (mais de US$ 10 milhões) pela ação coletiva.
Durante transmissão ao vivo em suas redes sociais, Moicano afirmou que não pretende reivindicar qualquer valor. Para ele, cada lutador deve avaliar sua própria trajetória, mas alega que não se considera prejudicado pela organização.
“Eu não quero esse dinheiro. Não acho que devo processar o UFC. Foi aqui que construí minha carreira, tive oportunidade de lutar com os melhores e isso mudou minha vida”, declarou o brasileiro.
A indenização é resultado de um processo iniciado em 2014, no qual mais de mil atletas acusaram o UFC de práticas anticompetitivas e monopólio de mercado, alegando que isso teria limitado seus ganhos. A Justiça de Nevada reconheceu que os lutadores foram prejudicados e determinou compensações financeiras.
Enquanto Anderson Silva deve receber um dos maiores valores entre os envolvidos, outros atletas brasileiros e internacionais também serão indenizados. A definição sobre o montante exato a ser repassado a cada lutador ainda está em andamento.
O posicionamento de Moicano contrasta com o de grande parte dos atletas contemplados, que enxergam a decisão judicial como uma forma de reparação pelos anos em que atuaram no UFC.