Foto: Rafael Ribeiro / CBF
Mudanças promovidas pela entidade ampliam número de clubes participantes e fortalecem competições da primeira à quarta divisão
“Esse 1º de outubro ficará marcado na história do futebol brasileiro.” A frase do presidente da CBF, Samir Xaud, traduz a relevância das mudanças anunciadas pela entidade na manhã desta quarta-feira (1º), na sede da confederação, no Rio de Janeiro.
Entre as principais novidades está a ampliação do Campeonato Brasileiro da Série D, que passará de 64 para 96 equipes a partir de 2026. A decisão abriu espaço para que o Maricá F.C., o “Tsunami”, assegurasse presença em sua segunda participação consecutiva em uma competição nacional — feito inédito nos sete anos de trajetória do clube.
Critério de classificação favorece o Tsunami
A nova regra garantiu vaga aos clubes que avançaram à segunda fase da Série D de 2025. O Maricá terminou em quarto lugar na Chave A6, avançando para os mata-matas e carimbando seu lugar na edição de 2026.
Para a diretoria, a conquista representa um marco no projeto esportivo que vem sendo desenvolvido.
“Ter um calendário nacional é um divisor de águas para qualquer equipe que busca crescer de forma contínua e sustentável. Agradeço à CBF pela sensibilidade em ampliar a competição e permitir que clubes emergentes, como o Maricá, possam planejar uma temporada completa”, destacou Douglas Oliveira, diretor de futebol.
O técnico Reinaldo Oliveira também celebrou a confirmação da vaga:
“Esse é um reconhecimento pelo trabalho de todos: jogadores, comissão técnica, diretoria e torcedores. O Maricá mostrou que tem capacidade de competir em nível nacional e agora terá a chance de seguir evoluindo e representando nossa cidade nos quatro cantos do país.”
A Série D de 2026 terá início no dia 5 de abril. A formação dos grupos será definida em sorteio organizado pela CBF em data ainda a ser divulgada.
Copa do Brasil no horizonte
Além da Série D, o Maricá F.C. poderá disputar outra competição de peso: a Copa do Brasil 2026. Com a mudança no calendário, as federações que ocupam as duas primeiras posições no ranking da CBF terão direito a seis vagas no torneio. O Rio de Janeiro, atualmente em segundo lugar, será contemplado.
Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco já estão garantidos pela participação na Série A. As seis vagas restantes serão distribuídas pela Ferj. O Maricá terminou o Cariocão em décimo lugar e ficou em terceiro na Copa Rio, resultados que o credenciam a sonhar com uma inédita participação.
Se confirmada a vaga, o Tsunami terá um calendário histórico: quatro competições em uma mesma temporada — Série D, Copa do Brasil, Campeonato Carioca e Copa Rio.
Estreia nacional e campanha de superação
A vaga de 2026 é consequência de uma estreia nacional marcada por garra. Em 2025, o Maricá foi o único clube do Rio de Janeiro a se classificar no grupo que contava também com Nova Iguaçu e Boavista. Chegou à segunda fase e enfrentou o Aparecidense (GO), sendo eliminado de forma dramática após sofrer um gol de empate aos 50 minutos do segundo tempo, em Aparecida de Goiás.
No balanço da campanha, o time acumulou 16 jogos, com cinco vitórias, cinco empates e seis derrotas, marcando 17 gols e sofrendo 18. Apesar da eliminação, o clube conquistou respeito e visibilidade.
Agora, com a vaga confirmada para 2026 e a possibilidade de disputar a Copa do Brasil, o Maricá F.C. dá mais um passo para consolidar-se como uma das forças emergentes do futebol carioca e nacional.
