Ondas limpas, de longa duração, de 90 cm a 1,2 m, aumentaram ao longo do dia, concentrando inicialmente sua força na direita da Praia de Itaúna, antes que a esquerda ganhasse destaque com o aumento da maré e das ondas. A primeira brasileira a chegar à final desde 2007, Luana Silva(BRA), carregou a tocha por seu país, enquanto Griffin Colapinto(EUA) chegou perigosamente perto do Top 5 com seu segundo lugar
Capitalizando sua posição como a única mulher no Top 5 a passar da Rodada Eliminatória, Molly Picklum (AUS) consolidou uma forte liderança no ranking, tendo subido para a primeira posição após chegar às semifinais. A terceira vitória de Picklum no CT, sua primeira fora de Sunset Beach, Havaí, coroa uma temporada que viu a surfista de 22 anos se tornar a mais consistente do Tour, chegando a pelo menos quartas de final em oito dos nove eventos, incluindo três finais. Frequentemente começando a temporada com o melhor desempenho no início, Picklum agora se encontra na liderança com apenas dois eventos da temporada regular restantes no calendário.
“Trabalhei muito duro este ano para realmente dar o meu melhor”, disse Picklum. “Na verdade, antes de sair, eu estava quase emocionado porque pensei: ‘Ok, tenho outra chance de tentar e conquistar uma vitória’. Eu também sonhei muito em vencer aqui no Rio. Sou uma pessoa muito enérgica, adoro a energia brasileira e vencer este ano significa muito, com certeza. Muito obrigado e um abraço a todos em casa. Sei que vocês provavelmente estão assistindo e eu senti todo o carinho. Cheguei correndo e liguei para minha família imediatamente porque queria compartilhar isso com as pessoas que amo e que me apoiaram o tempo todo. Um grande abraço a vocês.”
Picklum dominou a final, sem perder tempo antes de abrir com um forte golpe de backhand para um 6.83 (de um total de 10 possíveis). A australiana recuou rapidamente para colocar Luana Silva (BRA) em uma situação de combinação inicial que cresceu exponencialmente depois que Picklum registrou a maior pontuação de onda única do evento para o feminino, 8.17. Conquistando o número de um final dramático para um combo crítico de duas voltas à direita, a pontuação de 15.00 (de um total de 20 possíveis) de Picklum também foi a mais alta do evento para o feminino. Silva finalmente conseguiu quebrar o combo com um 6.63, mas precisava de um número melhor do que a pontuação máxima do evento de Picklum quando o sinal soou.
“Luana [Silva] é definitivamente a favorita, e com razão”, continuou Picklum. “Ela tem surfado muito bem. Eu sabia que ela era uma competidora e uma lutadora. Fiquei com bastante medo até o final, mesmo tendo conseguido algumas boas pontuações. Mas sim, ela é capaz de grandes feitos e estou muito feliz por ter vencido essa.”
Primeira brasileira a chegar à final em casa desde Silvana Lima (BRA) em 2007, Luana Silva (BRA) teve, sem dúvida, a trajetória mais difícil do evento. Todas as três vitórias de Silva no evento foram sobre campeãs mundiais, primeiro derrotando a atual campeã mundial e vencedora consecutiva do VIVO Rio Pro, Caity Simmers (EUA), na fase eliminatória, antes de superar o bicampeão mundial e tricampeão do evento, Tyler Wright (AUS), nas quartas de final, e, finalmente, a campeã mundial de 2023 e medalhista de ouro olímpica, Caroline Marks (EUA), nas semifinais. A segunda final da carreira de Silva acontece logo após passar pela etapa intermediária pela primeira vez, enquanto a jovem de 21 anos continua a fortalecer sua posição no Tour.
“Foi um ano incrível e uma semana especial aqui no Brasil”, disse Silva. “Minha família inteira veio me apoiar. Até minha tia veio do sul do Brasil. É superespecial vê-la, já faz um tempo. Não tenho palavras para agradecer a todos na praia também. Foi uma semana incrível. O apoio foi incrível e foi isso que me fez seguir em frente.”
Cole Houshmand (EUA) conquistou dois títulos consecutivos nas Finais do CT, reforçando sua vitória decisiva no Rip Curl Pro Bells Beach de 2024 com mais uma vitória, derrotando novamente seu grande amigo e também surfista de San Clemente, Griffin Colapinto (EUA). A vitória de hoje impulsionou ainda mais a trajetória ascendente do surfista de 24 anos em direção ao seu objetivo declarado de ser um candidato ao Final 5 nesta temporada. Depois de evitar por pouco o corte de meio de temporada na etapa nº 7, Houshmand ganhou terreno nos últimos dois eventos e conquistou o maior salto entre todos os brasileiros, subindo quatro posições para a 12ª posição. Houshmand se tornou o primeiro homem não brasileiro a vencer o evento desde John John Florence (HAW) em 2016, encerrando finalmente a sequência de vitórias brasileiras de quase uma década.
“Não parece real, sinceramente, estou sem palavras”, disse Houshmand. “Foi um ano longo e muito divertido. Eu amo este lugar pra caramba. Amo tudo nele. E estou simplesmente fazendo o que amo. É incrível. Quer dizer, os fãs a semana toda, quer me amem ou me odeiem, são as pessoas mais apaixonadas do mundo. E eu amo isso. Eu me alimento disso. Quer dizer, estamos competindo em um estádio aqui. Olhei para a praia e não dá nem para ver espaço aberto. É com isso que sonhamos e para o que vivemos. Eu não poderia imaginar nada melhor.”
Houshmand conquistou a maior pontuação do evento em uma única onda logo nos momentos iniciais da final, com 9,40 de potência excepcional em um combo de três voltas com seu forehand. Ele então expandiu sua pontuação de reserva em uma série de ondas, chegando a 7,50 em outro combo de forehand que incluiu um hack de layback massivo. Depois de lutar para encontrar uma pontuação equivalente, Colapinto encontrou a maior onda do evento, quebrando uma forte pancada de backhand na seção mais crítica para registrar 8,23 na manobra única. Vários quase-makes de aéreos e voltas impressionantes se seguiram, mas um 6,17 inicial se manteve em sua pontuação, deixando o total de 16,90 de Houshmand em duas ondas como o mais alto do evento para a vitória.
“Dividir outra final com o Griffin [Colapinto] é como um sonho”, continuou Houshmand. “Sinceramente, já tive duas finais no Tour e ambas foram com o Griffin. Acabei de ir surfar com o meu melhor amigo. Pensamos: ‘Ei, é como uma sessão de expressão. Nem sabemos o que estamos fazendo, vamos apenas nos divertir.'”
Também chegando à etapa nº 7 em Margaret River, Austrália Ocidental, em perigo de ser eliminado no meio da temporada, Griffin Colapinto(EUA) virou a temporada, chegando pelo menos às semifinais em quatro dos últimos cinco eventos, incluindo o segundo lugar de hoje, e a mesma colocação em Margaret River. O atleta de 26 anos agora está logo atrás do top 5, como número 6 do mundo. Em seu caminho para a final, Colapinto derrotou o atual número 1 do mundo, Jordy Smith(RSA), que o venceu na Austrália Ocidental, bem como seu rival mais próximo no ranking, Ethan Ewing (AUS), que ficou em quinto lugar.
“Parabéns a um dos meus melhores amigos, Cole Houshmand, por vencer”, disse Colapinto. “Acho que [esta semana foi sobre] simplesmente confiar na vida e não ficar muito estressado com os resultados e o que vai acontecer, e simplesmente deixar o oceano decidir, porque é disso que se trata no final das contas. Não sabemos realmente o que vai acontecer e como tudo vai se desenrolar. Então, você simplesmente faz o seu melhor para aparecer todos os dias, ser a melhor pessoa possível e deixar o resto acontecer por si só.”
O veterano do Tour no Brazilian Storm, Miguel Pupo (BRA), de 33 anos, derrotou outro compatriota nas quartas de final, o atual número 2 do mundo e vencedor do VIVO Rio Pro de 2023 , Yago Dora(BRA), após sua emocionante derrota para o bicampeão mundial e tetracampeão do evento, Filipe Toledo (BRA), nas oitavas de final. Pupo manteve-se afiado em seu rail enquanto ele e Dora atacavam a direita com seu backhand. Agora classificado entre os 10 melhores, a chegada à semifinal é a primeira de Pupo desde sua única vitória no CT no Tahiti Pro em 2022. Também marca seu melhor resultado até agora em casa, no Brasil, e acontece depois de duas temporadas longe do evento, tendo ficado de fora das competições aqui desde a última vez que fez o corte de meio de temporada em 2022.
“Tive que derrotar grandes nomes para estar aqui”, disse Pupo. “É sobre continuar, ainda tenho trabalho a fazer. Foram três longos dias de descanso, tentando descansar, sabe, manter a mente focada no trabalho. Sei que não tenho ares, então estava focado nas minhas curvas e nas ondas que tinha que escolher. Estou feliz por ter saído com a vitória.”
Em uma batalha entre dois dos estilos mais diversos do Tour, o vice-campeão do VIVO Rio Pro 2023, Ethan Ewing (AUS), derrotou o atual campeão do evento , Italo Ferreira (BRA). O uso eficaz da borda por Ewing lhe rendeu a única nota excelente das quartas de final, 8,00, e lhe garantiu a vaga nas semifinais pela segunda vez no Brasil. Com os dois surfistas em posições próximas no ranking, a vitória na bateria permitiu que Ewing, na quinta posição, ganhasse terreno sobre Ferreira, na quarta, enquanto a disputa pelo Final 5 começava a ficar acirrada.
“[Ítalo Ferreira] é definitivamente o favorito do público”, disse Ewing. “Toda vez que ele desce, a praia simplesmente explode, então eu definitivamente estava me aproveitando um pouco. Eu estava me concentrando em pegar as melhores ondas, as maiores, só para mostrar do que sou capaz. Somos opostos em estilos de surfe, então, sim, estou empolgado para vencer.”
Resultados finais do VIVO Rio Pro apresentado pela Corona Cero Feminino:
1 – Molly Picklum (AUS) 15,00
2 – Luana Silva (BRA) 9,23
VIVO Rio Pro apresentado pelo Corona Cero Masculino Resultado Final:
1 – Cole Houshmand (EUA) 16,90
2 – Griffin Colapinto (EUA) 14h40
VIVO Rio Pro Apresentado pelo Corona Cero Feminino Resultado da Semifinal:
TEMPO 1: Luana Silva (BRA) 10,43 DEF. Caroline Marks (EUA) 6,57
2ª TEMPORADA: Molly Picklum (AUS) 13,06 DEF. Erin Brooks (CAN) 7,60
VIVO Rio Pro apresentado pelo Corona Cero Masculino Resultados da semifinal:
1ª CLASSIFICAÇÃO: Cole Houshmand (EUA) 15,06 DEF. Miguel Pupo (BRA) 13,83
HEAT 2: Griffin Colapinto (EUA) 14,84 DEF. Ethan Ewing (EUA) 14h20
Resultados das Quartas de Final Femininas do VIVO Rio Pro Apresentado pela Corona Cero:
1ª CLASSIFICAÇÃO: Caroline Marks (EUA) 12,16 DEF. Tatiana Weston-Webb (BRA) 4,10
2ª TEMPORADA: Luana Silva (BRA) 12,80 DEF. Tyler Wright (AUS) 8,84
3ª TEMPORADA: Molly Picklum (AUS) 10,50 DEF. Arena Rodriguez (PER) 7,17
4ª TEMPORADA: Erin Brooks (CAN) 9,84 DEF. Lakey Peterson (EUA) 8,94
Resultados das Quartas de Final Masculinas do VIVO Rio Pro Apresentado pela Corona Cero:
TEMPO 1: Miguel Pupo (BRA) 12,33 DEF. Yago Dora (BRA) 10h30
2ª CLASSIFICAÇÃO: Cole Houshmand (EUA) 13,50 DEF. Jake Marshall (EUA) 13,26
HEAT 3: Griffin Colapinto (EUA) 14,90 DEF. Jordy Smith (RSA) 9,80
TEMPO 4: Ethan Ewing (AUS) 14,43 DEF. Ítalo Ferreira (BRA) 13h40
