Fotos: Bernardo Gomes
O segundo dia do I Fórum de Vigilância em Saúde de Maricá reforçou o papel estratégico da vigilância como base para políticas públicas mais eficazes no município. Realizado nesta segunda-feira (20/10), no auditório da Faculdade de Ciências Médicas de Maricá (FACMAR), no bairro Flamengo, o encontro reuniu gestores, profissionais de saúde e representantes da comunidade acadêmica em um debate voltado à formulação e execução de ações integradas de saúde pública.
A abertura do evento foi marcada por uma apresentação emocionante da Orquestra Adapta, a primeira do Brasil composta 100% por pessoas com deficiência (PCDs), vinculada ao Instituto Jacinto Luiz Caetano.
Entre os participantes da mesa de abertura estiveram o subsecretário de Atenção Especializada à Saúde, Dr. André Felipe Nahoum; a superintendente de Vigilância em Saúde, Drª Daniella Alves Pereira Bittencourt; a gerente de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente, Drª Aline Peixoto; e o coordenador de Planejamento da Secretaria Municipal de Saúde e presidente do Conselho Municipal de Saúde, Dr. Sandro Ronquetti.
O secretário de Saúde, Dr. Marcelo Velho, destacou que o Fórum tem fortalecido o diálogo entre os diversos setores da saúde e promovido avanços significativos para o município.
“O Fórum é um espaço fundamental para fortalecer o diálogo entre a gestão, os profissionais e a comunidade acadêmica. A troca de experiências e o debate sobre a vigilância em saúde contribuem diretamente para aprimorar nossas políticas públicas e garantir uma atenção cada vez mais qualificada à população de Maricá”, afirmou.
O Dr. André Felipe Nahoum ressaltou a importância da vigilância como ferramenta de planejamento e prevenção.
“A vigilância é onde começamos a enxergar os números, entender os dados e identificar onde precisamos atuar. A prevenção é sempre o melhor caminho, pois nos permite agir antes dos problemas acontecerem, garantindo resultados mais eficazes e duradouros”, observou.
Já a superintendente Daniella Bittencourt apresentou os principais temas do dia — Vigilância Sanitária e Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) — e os avanços obtidos pela rede municipal.
“O CIEVS trabalha todos os dados produzidos no município, analisando informações da atenção primária, emergências e UPAs. Isso nos permite compreender os agravos e doenças sazonais que afetam nossa população. Além disso, a Vigilância Sanitária passou por uma modernização: agora todo o processo é digital, e as visitas priorizam a orientação educativa aos empresários, com prazos para adequação. É mais qualidade e segurança em saúde para os maricaenses”, explicou.
O Dr. Sandro Ronquetti reforçou o papel da vigilância na gestão pública da saúde.
“Os dados e estatísticas são a base de qualquer planejamento. É por meio deles que conseguimos construir políticas mais assertivas e sustentáveis”, afirmou.
Mesas temáticas aprofundam debate técnico
A programação contou com duas mesas temáticas que aprofundaram as discussões.
A primeira, “Vigilância Sanitária: A Transformação Digital dos Serviços de Vigilância Sanitária Municipal”, foi mediada pelo Dr. William Guimarães Lima, gerente da Vigilância Sanitária de Maricá, e contou com a participação da Drª Renata Jorge, que abordou os “Avanços e Desafios” locais, e do Dr. Carlos Alberto Dias Pinto, assessor de Projetos Institucionais da Superintendência de Vigilância Sanitária da SES/RJ, que tratou sobre “O Desafio da Integração para o Desenvolvimento Social e a Promoção da Segurança de Bens, Produtos e Serviços”.
Na segunda mesa, intitulada “CIEVS: A Importância do Monitoramento e Qualificação dos Sistemas de Informação em Vigilância”, apresentaram a Drª Maria Carolina Alonso Marinho(gerente do CIEVS Maricá), a Drª Hidelgard Soares Barrozo de Lima (doutoranda em Ciência do Cuidado em Saúde pela UFF), a Drª Léa de Freitas Amaral (técnica sanitarista do CIEVS da SMS Rio) e a Drª Kíssyla Harley Della Pascôa França (coordenadora acadêmica de Enfermagem da FACMAR).
O segundo dia do Fórum reafirmou o compromisso de Maricá com a integração entre as vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental, consolidando a vigilância como eixo estruturante do Sistema Único de Saúde (SUS) e como instrumento essencial para a promoção da saúde coletiva.
O terceiro e último dia do evento está programado para o dia 6 de novembro, na sede da Codemar, a partir das 9h. O encerramento abordará os temas Imunização e Serviço de Atendimento Especializado (SAE), e contará novamente com a apresentação da Orquestra Adapta.

